quarta-feira, 23 de março de 2011

Policiais civis não aceitam proposta

Os policiais civis do Maranhão deram início, nesta terça-feira (22), a uma paralisação por tempo indeterminado. No último dia 15, eles fizeram uma paralisação de advertência, cobrando reajustes salariais. Na noite de segunda-feira (21), o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol) esteve reunido com o governo do Estado e recebeu proposta, que foi avaliada em assembleia geral na tarde de ontem, na capital, e foi rejeitada pela classe.

Conforme o presidente da associação dos policiais civis e vice-presidente do Sindicato dos Policias Civis da Capital, Heleudo Moreira, dentre as principais reivindicações feitas pelos agentes estão o reajuste salarial dos valores equivalentes a 2009/2010, descongelamento das verbas indenizatórias e melhorias nas estruturas das delegacias. "Tanto as delegacias de São Luís quanto as do interior não apresentam qualquer estrutura para trabalhar", reclama Moreira.

De acordo com o presidente do Sinpol, Amon Jessen, na proposta do governo, há a possibilidade de reajuste de 5% a partir de agora, e mais 5% a partir de junho. Outros benefícios também foram oferecidos pelo governo. O que vem pegando é que os valores desses reajustes não serão incorporados aos salários. Por esse e outros motivos é que os policiais não aceitaram a proposta e resolveram pela continuação da greve, por tempo indeterminado, fato confirmado pelo delegado do Sinpol para a região tocantina, José Antonio Pinheiro, na noite de ontem.

Além das reivindicações acima citadas, os policiais reclamam ainda do cancelamento de todas as verbas indenizatórias, desde 2007; o não pagamento de insalubridade para mais de 600 policiais civis; e a não implantação do auxílio alimentação para motoristas policiais e rádios operadores da Polícia Civil.

Em Imperatriz, praticamente toda a classe aderiu à greve e ontem passou o dia de braços cruzados.

Segundo o delegado regional, Francisco de Assis Ramos, mesmo diante do quadro, todas as delegacias estão funcionando normalmente, com os 30%, de acordo com o que determina a lei de greve. Principalmente nos atendimentos no que se refere a crimes mais graves, como homicídios e crimes sexuais.

Mas o delegado reiterou que o atendimento ao público, em função da greve, mesmo com 30% funcionando, não deixou de ser prejudicado. "Se já não era o ideal, devido ao pouco contingente, agora ficou mais difícil. Contudo é um direito constitucional e certamente o governo se sensibilizará e a greve deve terminar o mais rápido possível", disse Assis Ramos.

 

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