No mês de Julho deverá ser fundado em Açailândia a rede de Juventude do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) intitulada PMDB Jovem. Os detalhes para a criação já estão sendo concluídos. O presidente será o comunicador e assessor de comunicação da prefeita Gleide Santos (PMDB). Em entrevista a esta pagina o mesmo falou sobre o jovem no cenário politico, confira abaixo.
Blog Maicon Sousa: Dizem que o jovem não gosta de política. Isto é verdade?
JASIEL ALVES: O
jovem não é um sujeito isolado do restante da sociedade. E, de uma forma geral,
toda a sociedade tem partilhado certa descrença na ação política. Num contexto
histórico em que muitas pessoas estão desanimadas com a política, é evidente
que muitos jovens também vão partilhar desse sentimento. No entanto o que é
política? Nas últimas pesquisas realizadas com jovens sobre este tema é
interessante notar que, ao falar de política, muitos afirmam que não gostam.
Mas quando se trata do tema da participação social, a maioria acha que é muito
importante. E participar não é um ato político? A palavra política está muito
associada ao governo, ao partido... Se ampliarmos esta noção de política para a
ideia de participação pública e coletiva, pode crer que muitos jovens não só
gostam de política como têm um forte engajamento, maior inclusive que qualquer
outro segmento social.
Blog Maicon Sousa: O que leva o jovem a desacreditar na
política?
JASIEL ALVES: Primeiro,
é entendermos o que de fato o jovem está chamando de política. Algumas palavras
são muito significativas, mas estão desgastadas quanto ao seu uso.
Evidentemente isso não é por acaso. No campo da política institucional, a forma
com que muitos dos políticos profissionais têm tratado as questões públicas faz
com que desacreditemos que qualquer mudança seja possível. Da mesma forma, a
mídia também contribui para que tenhamos uma ideia ruim da política.
Valoriza-se muito, nos noticiários, atitudes de corrupção, nepotismo... e muito
pouco (ou quase nada) as boas ações políticas. Há uma série de leis e políticas
públicas importantes que foram pensadas por gente muito comprometida. Mas
tenta-se colocar todos no mesmo saco. Se se conhece apenas maus exemplos, o
descrédito dos jovens a esta política institucional será natural.
Blog Maicon Sousa: Que importância e que vantagens tem o jovem
ao participar da política?
JASIEL ALVES: É
de suma importância a participação dos jovens na vida pública de sua cidade, do
seu país. Afinal, como membro de uma sociedade, ele tem responsabilidade sobre
os rumos que ela vai tomar. Porém isso não é responsabilidade apenas dos
jovens, mas de todos. Por vezes, pretende-se lançar nos ombros da juventude
toda a responsabilidade pela mudança social. E há também uma crença de que, por
se tratar de jovem, a ação política que dele vem será sempre boa. Há jovens políticos
no Congresso que defendem as mesmas posições conservadoras de seus pais, de
seus avós... Ao tratar do tema da participação, não podemos ignorar o seu
conteúdo ideológico. Ou seja, não basta que o jovem participe apenas, mas como
se dará esta participação e qual formação tem este jovem são questões
fundamentais. O jovem não é naturalmente revolucionário. Dependendo do processo
formativo que teve, pode ou não ter uma atitude revolucionária.
Blog Maicon Sousa: Como ensaiar
e "detonar" o debate político nas escolas e grupos?
JASIEL ALVES: O
debate político está presente o tempo todo nos grupos de jovens, dentro ou fora
da escola. Nas conversas de corredores das escolas, nos espaços das igrejas,
nos bares, a todo instante os jovens estão partilhando suas vidas, comentando
sobre problemas que atravessam seus cotidianos. Tais partilhas são pouco
valorizadas em sala de aula e em outros grupos. Nossa vida é composta por
questões privadas e públicas. As questões públicas que atravessam nossas vidas
como o desemprego, a qualidade na educação, o acesso a bens culturais, a
circulação pela cidade estão latentes na vida da maioria da juventude. É
necessário colocar a vida, os gostos, as práticas dos jovens na cena pública. É
preciso fazer o jovem sacar que uma questão pesada pra ele e que diz respeito à
maioria dos jovens é algo público. E para isso não basta uma ação privada,
individual, mas uma ação pública, ou seja, uma ação política. Enquanto não
percebermos que falar de política é tratar da nossa vida, o debate político
sempre será entendido como algo distante.
Blog Maicon Sousa: Como criar o gosto, como se encantar pela
participação política?
JASIEL ALVES: O
jovem precisa experimentar o gosto da participação. Os jovens não participarão
de ações que não lhe são prazerosas e criativas. Ao iniciar a atuação em um
grupo, muitas vezes, o jovem não o faz por uma questão ideológica, mas porque
ele acha legal mexer em uma filmadora, aparelho de som, encontrar as pessoas,
produzir algo... Creio que a sociabilidade e a produção são os grandes
mobilizadores da atuação dos jovens. Os grupos juvenis que produzem algo, sentem-se
capazes de fazer coisas. Esta é a magia: você pode fazer e mudar coisas! Quando
o jovem experimenta isto, ele saca a importância de participar. E a
sociabilidade faz com que o jovem não se sinta só. A ação individual
voluntarista não cria redes e dificilmente este jovem se mantém por muito tempo
no desenvolvimento de um trabalho. Estar e agir em grupo encanta os jovens para
atuarem na realidade que os envolve e cria um compromisso mais permanente.
Blog Maicon Sousa: Onde, quando e como o jovem pode começar a
participar?
JASIEL ALVES: Por
mais que ainda possuam grande importância para as transformações sociais, os
partidos políticos estão cada vez mais distantes do universo juvenil. Muitos
partidos, a partir dos anos de 1990, passaram a organizar setoriais juvenis com
o intuito de tratar as questões sobre este segmento de forma mais séria. No
entanto o trabalho de fazer jovens despertarem para a militância política
dificilmente se inicia dentro dos partidos. A maioria dos jovens que aí milita
despertou para a participação em outro movimento ou grupo. A linguagem, a
disputa interna e a burocratização das relações partidárias não têm sido muito
atraentes para esta geração juvenil. Porém outras formas de atuação têm cada
vez mais se apresentado como novos modos de participação, atraindo os jovens
para o debate público de questões que dizem respeito a eles e à comunidade na
qual estão inseridos. São grupos culturais de produção audiovisual alternativa,
projetos e ações pontuais diversas organizadas por jovens. Um novo jeito de
participar vem se configurando e se somando a formas mais convencionais de
atuação, como movimento estudantil, ou partidos. E onde estão esses novos
grupos? Estão potencialmente em todos os espaços onde há jovens interessados em
desenvolver algum tipo de ação que os interpele. A novidade é cada grupo que
vai expressá-la.
Blog Maicon Sousa: O voto aos
16 anos é uma conquista? Como aproveitá-la?
JASIEL ALVES: O
voto é uma das formas de participar. Com certeza, a garantia do direito ao voto
para adolescentes de 16 e 17 anos é uma conquista importante a se cultivar. melhor
esta conquista, deve se fazer um movimento de valorização da ação política. O
adolescente jovem que não possui qualquer tipo de atuação, e que partilha da
visão negativa presente na sociedade sobre a prática política, dificilmente vai
perceber a importância que seu voto tem. Experiências como votação para a chapa
do grêmio estudantil, eleger propostas e delegados para uma conferência
municipal de juventude, escolher pelo voto o coordenador do grupo ao qual o
jovem participa são hábitos democráticos que contribuem para que os jovens
percebam a importância que seu voto tem para um país.
Blog Maicon Sousa: De onde virão, como serão os novos
políticos? Há esperanças?
JASIEL ALVES: Enquanto
houver seres humanos, sempre haverá história! E com ela, esperanças de que é
possível ser diferente... Em alguns contextos históricos é momento de esperar,
de semear, de preparar a terra. Em outros, é hora de fazer o pão com o que você
colheu! De onde virão os novos e bons políticos? Com certeza não será do marasmo
dos descrentes de hoje. Aqueles que contribuirão para mudar os rumos da
história virão da simplicidade do pequeno e paciente trabalho de formação de
base. Virão das novas experiências culturais de coletivos juvenis que têm
pintado pelas periferias das grandes cidades; virão de jovens que aprenderam
que para a utopia ser conquistada lá fora, ela precisa estar primeiro dentro de
nós...
Blog Maicon Sousa: Jovem é
portador e sujeito de direitos?
JASIEL ALVES: Pierre Bordieu, pensador francês, tem um texto em que diz:
“Juventude é apenas uma palavra”. Acho que isso é citado em quase todas as
obras que tratam da juventude, de meados do século 20 até o século 21. Ele diz
que a juventude é apenas uma palavra, na medida em que ela não se organiza
enquanto sujeitos, mas enquanto estrutura social.
De uns tempos para cá, o conceito de juventude foi mudando,
porque também a visão sobre os jovens foi se transformando. Dá para perceber os
jovens não apenas como uma situação de vida, mas como também um grupo que se
organiza a partir de características culturais e sociológicas próprias.
Nós temos exigências que nos são feitas justamente pela
condição de ser jovem. Então a sociedade espera e exige determinadas coisas do
jovem, e nós temos que tentar dar respostas a elas. Conforme a percepção de ser
jovem vai avançando, ele começa a perceber que, assim como a demanda social vem
trazendo exigências, ela também tem que suprir uma série de necessidades que
essa juventude possui. E das necessidades nascem os direitos. A necessidade
gera uma pressão por parte da sociedade. Nesse sentido os jovens têm sido
presentes para desenvolver esses direitos que vêm desencadeados por uma série
de necessidades para toda a juventude.
O Conselho Nacional de Juventude, criado em 2005, é um órgão
do governo federal que pretende acolher os projetos, as políticas públicas que
são feitas para este grupo social específico. Então, órgãos do governo e da
sociedade civil unem-se para discutir e apontar diretrizes de trabalho das
políticas públicas para a juventude do Brasil, Maranhão e porque não dizer de Açailândia.
Antes de ser um projeto, é uma concepção, uma forma de
entender a juventude, de entender o papel que a juventude tem em Açailândia e
qual a função que o estado, a sociedade e a própria igreja têm para com os
jovens. É a gente entender que ser jovem é ser portador de direitos. Mas é
também entender que falar dos direitos dos jovens é falar dos direitos humanos.
O projeto do JPMDB o PMDB JOVEM é chamar a
juventude para viver a politica e
trazer essa discussão: como é que a gente, enquanto jovem, que desenvolve
trabalhos com outros jovens, entende os nossos direitos e a nossa ação em
relação aos direitos que são inerentes a todos os seres humanos? Esse conceito
é que está na base dos projetos.
Há jovens que atuam em projetos sociais, projetos de
transformação da realidade em alguma medida. Isso mostra uma vida que pulsa em
todos os jovens e os ajuda a aprofundar conceitos, a propor políticas. É você
desafiar o jovem que está lá no grupo de jovens, na sua escola, por exemplo, se
pautar a discussão sobre os indígenas, os quilombolas... para que toda a
sociedade pressione, no sentido de fortalecer esses grupos, para que a luta não
seja só desses grupos, mas de todos. É a transformação da sociedade em uma
sociedade para todos.
Eu quero mudança por isso aceitei esse desafio dado pela
prefeita vamos fortalecer a juventude em nossa cidade.
Fonte: http://www.maiconsousa.com/
Fonte: http://www.maiconsousa.com/
FICO FELIZ DOS JOVENS SE INTEREÇAR PELA POLITICA,QUERO FAZER UM BLOG PARA FALAR SOBRE POLITICA,COMO FAÇO UM BLOG QUE Ñ PRESISA DE SENHA ABERTO ASSIM COMO EU,POR ME MANDE A RESPOSTA PARA MEU EMAIL:JUCIANEKURTS@HOTMAIL.COM
ResponderExcluirMUITA OBRIGADA